Suplica!
Agora que o silêncio é um mar sem ondas,
E que nele posso navegar sem rumo,
Não respondas
Ás urgentes perguntas
Que te fiz.
Deixa-me ser feliz Assim,
Já tão longe de ti como de mim.
Perde-se a vida a desejá-la tanto.
Só soubemos sofrer, enquanto O nosso amor Durou.
Mas o tempo passou,
Há calmaria… Não perturbes a paz que me foi dada.
Ouvir de novo a tua voz seria Matar a sede com água salgada.
(Miguel Torga)