Vamos voar?!
Preciso de momentos em que a vida tenha vontade de ser vivida, mas vivida por dentro, como quem (re)nasce...
em que se coloca em perspetiva o que se viveu e que se entende o tanto que ainda a vida chama para viver... para queimar, para deixar de pensar com as borboletas na cabeça e dar silêncio para ouvi-las no coração...
sim, porque elas quando existem não se restringem à barriga, ela percorrem tudo e precisamos de tempo e calma para as sentir (ou não) em cada centímetro que as deixamos existir... a vida, aquela vivida a sério, só me faz sentido com elas, sem elas não há metamorfose e seremos sempre lagartas à espera... à espera não sei de quê... descobri que é esse som, do bater das asas, que me faz mover e sem ele, apenas oiço o rastejar...
talvez por isso é que gosto tanto quando me sinto a voar... esses são os momentos que valem a pena (re)nascer...
Vamos voar?