Pergunta-me
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Viver é aceitar que cada minuto é um milagre que não poderá ser repetido..!
Viver é aceitar que cada minuto é um milagre que não poderá ser repetido..!
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Agora choro baixinho
os ecos de saudade,
o prelúdio dos sonhos
e o verso dos jardins floridos.
É como uma espada
na estação das flores,
em sussurrantes devaneios
num instante feliz de mim.
Este suave infinito em azul
é uma asa cortada em cinzas
uma fuga mística, um suspiro
e um pedido de abrigo!
Dancei na tua meiguice,
e aí vivi no cume da vida
com novas ilusões, o fogo de Amor
em bulícios desvairados…
Nesta melancólica saudade
que irrompe no silêncio,
há um despertar rutilante
em uníssono de amar a vida.
Sonho a minha alma e liberto os meus véus
neste vazio obscuro de mim,
com palavras frágeis e efémeras
mas com a tua música no coração!
Neste cruciante silêncio da alma
fui em busca de inspiração,
em cada palavra transpirada,
neste vestíbulo de Amor e Paixão.
E hoje, o vento que aqui passou
trouxe-me saudades tuas…
dos nossos aturdidos sonhos e fantasias
e das nuvens coloridas…
Como as ondas do mar, carinho,
deixaste-me um travo a água salgada
neste peito em vaivém de dor
tornando a minha vida uma madrugada.
Hoje, vago entre a bonança
em busca de estrelas,
numa completa cessação de ventos,
como sol e lua na busca de sonhos teus.
Este é um poema acabado
que me faz beijar a tua boca
e percorrer linhas de um teu céu
num perpétuo beijo de poesia.
( © António Carlos Santos )
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Metade da minha alma é feita de maresia..
Pois é pela mesma inquietação e nostalgia,
Que há no vasto clamor da maré cheia,
Que nunca nenhum bem me satisfez.
E é porque as tuas ondas desfeitas pela areia
Mais fortes se levantam outra vez,
Que após cada queda caminho para a vida,
Por uma nova ilusão entontecida.E se vou dizendo aos astros o meu mal
É porque também tu revoltado e teatral
Fazes soar a tua dor pelas alturas.
E se antes de tudo odeio e fujo
O que é impuro, profano e sujo,
É só porque as tuas ondas são puras.
Sophia de Mello Breyner
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Sim, farei...; e hora a hora passa o dia...
Farei, e dia a dia passa o mês...
E eu, cheio sempre só do que faria,
Vejo que o que faria se não fez,
De mim, mesmo em inútil nostalgia.
.
Farei, farei... Anos os meses são
Quando são muitos-anos, toda a vida,
Tudo... E sempre a mesma sensação
Que qualquer coisa há-de ser conseguida,
E sempre quieto o pé e inerte a mão...
.
Farei, farei, farei... Sim, qualquer hora
Talvez me traga o esforço e a vitória,
Mas será só se mos trouxer de fora.
Quis tudo — a paz, a ilusão, a glória...
Que obscuro absurdo na minha alma chora?
.
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