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TERAPIA DAS PALAVRAS...

Viver é aceitar que cada minuto é um milagre que não poderá ser repetido..!

TERAPIA DAS PALAVRAS...

Viver é aceitar que cada minuto é um milagre que não poderá ser repetido..!

At last...

Tenho da vida, dos negócios e dos amores uma noção um pouco idiota sobre 'razão' e 'coração'. duas coisas que raramente andam no mesmo carril, no mesmo momento do pensamento. coração e razão são tese e antítese, atrapalham-nos os movimentos, confundem-nos na acção: são como duas cordas que puxam para dois lados diferentes: um entrega-se, outro resguarda-se. um sonha, outro desperta-nos. a razão é uma chata: chama-nos a terra, estraga-nos os sonhos, atira-nos baldes de água fira à cara. o coração é um tonto: salta por tudo e por nada, põe-nos a cara vermelha ao primeiro nervoso miudinho, bomba o sangue para onde não deve, enche os olhos de brilho idiota, e a cara de lágrimas lamechas. um diz calma, outro diz, fúria. um pensa, outro sente. atrapalham-se, tropeçam um no outro.

 Na vida sempre que decidi com a razão, fiquei aquém do que podia: não arrisquei, preservei-me. na vida, sempre que decidi com o coração - especialmente nos negócios - entrei em becos apertados demais e tive de voltar atrás. como viver então? subindo um degrau.. para ver mais acima!!

 é que atrás da razão está a cabeça. e atrás do coração está a alma. e é aí que podemos ser diferentes. quando subimos um degrau e pensamos com toda a inteligência - a racional (a razão), mas também a emocional e a sensorial. quando subimos um degrau e passamos do coração - coisa física - para a alma, essa coisa que existe sem se saber onde. mas que existe. mesmo no meio de um caos permanente, vivo o momento mais feliz e completo da vida. porque - at last - subi esse degrau, porque ignoro a razão e o coração: simplesmente não deixo que me atrapalhem mais!

 Sem esses limites, vivo com os sentidos todos despertos, a absorver tudo: a razão que me gere os dias, mas também a emoção que vem do riso, do olhar, mas também a inteligência emocional que vem da forma como dois corpos se movem: sim, porque há tanta inteligência em dois corpos que se querem. porque amo com a alma, e já não com o coração. porque o coração apaixona-me, mas a alma entrega-me. o coração aquece-me, mas a alma preenche-me. o coração sossega num abraço.

 a alma só respira no abraço.

 Pura alegria é quando se descobre uma alma assim, igual - mas também uma inteligência assim, igual. aí, sabemos que subimos ao degrau mais alto: o nosso - a dois. quando de repente, aquela sensação que tudo é maior do que alguma vez imaginamos ser possível, aquela sensação do vazio de palavras suficientemente intensas, quando queremos dizer algo e a garganta fica presa.. por isso aquele nosso suspiro único, entre risos e lágrimas, quando loucos, mandamos à merda a razão e o coração, e nos sentimos finalmente livres para sermos um do outro.

At last..

(Descoheço o autor..mas palavras que podiam ser minhas)

 

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(retirada da net)

 

 

Es-me so doçura...

[a minha ternura sobre os teus lábios,
o horizonte mesmo debaixo da ponta dos dedos que te percorrem.
O teu olhar que me torna surda de razão,
os teus beijos que me cegam
em sorrisos mudos a gritar para dentro.
O teu sorriso que me morde de vida,
o teu cheiro que me devassa.
Restam-me os braços para te agarrar e abraçar,
prender a realidade que não queres ser.
Que não és.
és só a minha ternura,
o horizonte da ponta dos meus dedos,
o meu sorriso,
a minha loucura e o meu abraço de infinito.
Mais nada.]

poema.jpg

 

 

Ser Feliz...

Não houve medo nem frio quando numa alvorada depressa o Mundo não descobriu o quanto poderias fazer-me feliz.
 
Ninguém sabia. Nem tu. Chegou rápido o dia em que as ruas ficaram desertas quando te aproximavas.
 
O lugar das ideias que tinha ficou vazio. 
 
E hoje sei.
 
E é só isto que quero.
Ver-te chegar.
Ouvir-te dizer olá amor.
Olhar-te sem palavras ditas porque me deixas sem fôlego e sem lucidez.
 
Existir sem nada. Só contigo.
 
E quero tudo isto agora mas sobretudo para sempre.
Ver-te correr para mim porque te faço bem. Porque és feliz. 
 
E é só isto que quero.
Ouvir-te dizer esta é a nossa casa. Chegar e estares. Estar e chegares.
 
E é só isto que quero.
Que tenhas ciúmes porque temes perder-me. Ter a sorte de dormir contigo. Acordar-te todos os dias com o pequeno-almoço justo na cama ao som de um fio de rio que é a nossa canção.
 
E é só isto que quero.
Que te zangues durante um par de minutos porque sei que depois vou fazer-te rir. 
 
E é só isto que quero.
 
Que chegue a hora de estar contigo.
Cada minuto em que nos olhamos e o fazemos por dentro. Que cheguem todas as viagens que faremos juntos, sem destino. Porque o importante é o amor da viagem das nossas vidas.
 
E hoje chegou o dia em que o lugar das ideias, outrora vazio, se encheu de ti em forma de tsunami.
 
E as ruas, também elas outrora vazias, estão hoje cheias de ti. E eu e tu, outrora vazios de nós, agora somos.
 
E era só isto que queria.
Ser feliz.
 
 
 
(Autor : Escreve-me ao ouvido)

Por vezes...

Por vezes, 

nas minhas noites submersas

eu sou a própria noite, 

o meu corpo cansado 

e a noite fria 

são um só, 

o choro do meu peito angustiado 

e as badaladas do sino da igreja 

são um só, 

os meus gritos de solidão 

e o riso descontrolado da coruja 

são um só,

o ranger dos meus músculos atrofiados

e choro do gato solitário 

são um só,

o meu choro de angustia 

e o nevoeiro cerrado no cais 

são um só. 

 

Por vezes, 

nas minhas noites submersas 

eu sou a própria noite.

Por vezes,

nas noites em que estás perto, 

bebemos da luz da lua

e sonhamos com um novo dia.

 

#pSassetti

Sobre o Amor...

— Amas-me? Perguntou Alice.

— Não, não te amo! Respondeu o Coelho Branco.

 

Alice franziu a testa e juntou as mãos como fazia sempre que se sentia ferida.

 

—Vês? Retorquiu o Coelho Branco.

 

Agora vais começar a perguntar-te o que te torna tão imperfeita e o que fizeste de mal para que eu não consiga amar-te pelo menos um pouco.

 

Sabes, é por esta razão que não te posso amar. Nem sempre serás amada Alice, haverá dias em que os outros estarão cansados e aborrecidos com a vida, terão a cabeça nas nuvens e irão magoar-te.

 

Porque as pessoas são assim, de algum modo sempre acabam por ferir os sentimentos uns dos outros, seja por descuido, incompreensão ou conflitos consigo mesmos.

 

Se tu não te amares, ao menos um pouco, se não crias uma couraça de amor próprio e de felicidade ao redor do teu Coração, os débeis dissabores causados pelos outros tornar-se-ão letais e destruir-te-ão.

 

A primeira vez que te vi fiz um pacto comigo mesmo: "Evitarei amar-te até aprenderes a amar-te a ti mesma!"

 

(C.S.Lewis, Alice no país das maravilhas)

Olha-me..!

Olha-me meu bem, 

olha-me sem pressa, 

vê o céu reflectido 

nas minhas pupilas de algodão doce, 

ouve a canção do arco-iris 

no meu peito despido, 

demora-te nas caricias 

como pingos de mel 

dos meus dedos macios e inquietos.

Olha-me meu bem, 

vê o céu refletido  sem rumo, 

o trilho secreto 

dos meus tremores dispersos 

pela tua pele de cândida ternura.

Aprecia o meu olhar carente

com gemidos delirantes, 

o caminho rabiscado 

dos desejos sem palavras ásperas, 

debaixo deste sol de diamante

enquanto te digo que te amo.

Olha-me meu bem, 

olha-me,

olha-me,

mas olha-me sem pressa...

.

 

(O rapaz do amor)