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Viver é aceitar que cada minuto é um milagre que não poderá ser repetido..!

Nao se sobrevive a um AMor...

“O pior da vida é saber que existem os teus braços,
que tu continuas, que a vida continua, e não há o que nos fomos,
não há o abraço que nos curava da dor,
o pior do mundo é saber que existes, e que já podemos ser o que nunca fomos,
o que nunca, na verdade, fomos,...
o pior do mundo é saber que existes, que me sobreviveste,
nunca se sobrevive a um amor assim, nunca se sobrevive a um amor.” 
 
 
 
"In Sexus Veritas", de Pedro Chagas Freitas
“O pior da vida é saber que existem os teus braços,que tu continuas, que a vida continua, e não há o que nos fomos, não há o abraço que nos curava da dor,o pior do mundo é saber que existes,e que já podemos ser o que nunca fomos, o que nunca, na verdade, fomos,o pior do mundo é saber que existes, que me sobreviveste, nunca se sobrevive a um amor assim,nunca se sobrevive a um amor.”--------------------------------"In Sexus Veritas", de Pedro Chagas FreitasPara encomenda de um ou mais exemplares (quase 1500 páginas) autografados, basta enviar e-mail para pedrochagasfreitas@gmail.com
 

....liberdade

quem foi que te disse que estou sozinha?
...não é por estar quieta e muda que não estou cá!
não é por os meus olhos poisarem ora aqui, ora ali, sem rumo certo, ...que estou desatenta.
não é por as aves fazerem ninho no meu coração que ele não bate.
tens tanto para aprender com quem pensas tudo desconhecer.
a humildade fica bem a todos, e engrandece-nos...
não é por todos os dias eu te parecer ausente, que não estou aqui..
eu moro nas entrelinhas, nas reticências e nos pontos finais... nas metáforas coloridas mas, sombrias...
e quem foi que te disse que não sou livre?
a minha liberdade, está no que sinto, no que escrevo, no que guardo para sempre ou que para sempre ignoro...
quem foi que te disse que o mar com que sonho todas as noites, não é o teu mar?
quem foi?
quem foi que te aprisionou em mim?
 
 
magnólia
 

Pergunta-me...!!

Pergunta-me Se ainda és o meu fogo
Pergunta-me ... se ainda és o meu fogo se acendes ainda o minuto de cinza se despertas a ave magoada que se queda na árvore do meu sangue
Pergunta-me se o vento não traz nada se o vento tudo arrasta se na quietude do lago repousaram a fúria e o tropel de mil cavalos
Pergunta-me se te voltei a encontrar de todas as vezes que me detive junto das pontes enevoadas e se eras tu quem eu via na infinita dispersão do meu ser se eras tu que reunias pedaços do meu poema reconstruindo a folha rasgada na minha mão descrente
Qualquer coisa pergunta-me qualquer coisa uma tolice um mistério indecifrável simplesmente para que eu saiba que queres ainda saber para que mesmo sem te responder saibas o que te quero dizer...
 
Pergunta-meSe ainda és o meu fogoPergunta-me se ainda és o meu fogo se acendes ainda o minuto de cinza se despertas a ave magoada que se queda na árvore do meu sangue Pergunta-me se o vento não traz nada se o vento tudo arrasta se na quietude do lago repousaram a fúria e o tropel de mil cavalos Pergunta-me se te voltei a encontrar de todas as vezes que me detive junto das pontes enevoadas e se eras tu quem eu via na infinita dispersão do meu ser se eras tu que reunias pedaços do meu poema reconstruindo a folha rasgada na minha mão descrente Qualquer coisa pergunta-me qualquer coisa uma tolice um mistério indecifrável simplesmente para que eu saiba que queres ainda saber para que mesmo sem te responder saibas o que te quero dizer  MIA COUTO In Raiz de Orvalho e outros poemas, 1999 #amomiaMia Couto
 
 
MIA COUTO In Raiz de Orvalho e outros poemas, 1999

Amor perdido,,,

Havia a levíssima embriaguez de andarem juntos, a alegria como quando se sente a garganta um pouco seca e se vê que, por admiração, se estava de boca entreaberta: eles respiravam de antemão o ar que estava à frente, e ter esta sede era a própria água deles. Andavam por ruas e ruas falando e rindo, falavam e riam para dar matéria peso à levíssima embriaguez que era a alegria da sede deles. Por causa de carros e pessoas, às vezes eles se tocavam, e ao toque - a sede é a graça, mas as águas são uma beleza de escuras - e ao toque brilhava o brilho da água deles, a boca ficando um pouco mais seca de admiração. Como eles admiravam estarem juntos! Até que tudo se transformou em não. Tudo se transformou em não quando eles quiseram essa mesma alegria deles. Então a grande dança dos erros. O cerimonial das palavras desacertadas. Ele procurava e não via, ela não via que ele não vira, ela que, estava ali, no entanto. No entanto ele que estava ali. Tudo errou, e havia a grande poeira das ruas, e quanto mais erravam, mais com aspereza queriam, sem um sorriso. Tudo só porque tinham prestado atenção, só porque não estavam bastante distraídos. Só porque, de súbito exigentes e duros, quiseram ter o que já tinham. Tudo porque quiseram dar um nome; porque quiseram ser, eles que eram. Foram então aprender que, não se estando distraído, o telefone não toca, e é preciso sair de casa para que a carta chegue, e quando o telefone finalmente toca, o deserto da espera já cortou os fios. Tudo, tudo por não estarem mais distraídos.
 
Clarice Lispector
 
Havia a levíssima embriaguez de andarem juntos, a alegria como quando se sente a garganta um pouco seca e se vê que, por admiração, se estava de boca entreaberta: eles respiravam de antemão o ar que estava à frente, e ter esta sede era a própria água deles. Andavam por ruas e ruas falando e rindo, falavam e riam para dar matéria peso à levíssima embriaguez que era a alegria da sede deles. Por causa de carros e pessoas, às vezes eles se tocavam, e ao toque - a sede é a graça, mas as águas são uma beleza de escuras - e ao toque brilhava o brilho da água deles, a boca ficando um pouco mais seca de admiração. Como eles admiravam estarem juntos! Até que tudo se transformou em não. Tudo se transformou em não quando eles quiseram essa mesma alegria deles. Então a grande dança dos erros. O cerimonial das palavras desacertadas. Ele procurava e não via, ela não via que ele não vira, ela que, estava ali, no entanto. No entanto ele que estava ali. Tudo errou, e havia a grande poeira das ruas, e quanto mais erravam, mais com aspereza queriam, sem um sorriso. Tudo só porque tinham prestado atenção, só porque não estavam bastante distraídos. Só porque, de súbito exigentes e duros, quiseram ter o que já tinham. Tudo porque quiseram dar um nome; porque quiseram ser, eles que eram. Foram então aprender que, não se estando distraído, o telefone não toca, e é preciso sair de casa para que a carta chegue, e quando o telefone finalmente toca, o deserto da espera já cortou os fios. Tudo, tudo por não estarem mais distraídos.Clarice Lispector

Conselhos para seguir...

Arrume a casa.
Troque os lençóis da cama.
Enfeite a casa.
Coloque roupas coloridas.
Abra a porta. Deixe o sol entrar.
Despacha a tristeza. Convide a alegria.
Entre no mundo.
Desafie o acaso.
Repita a rima. Descarte as ilusões.
 Sele a paz co...m a saudade.
Enfrente a chuva. Não perca tempo.
Seja breve. A vida não é curta e o mundo não é grande.
Acenda a luz.
Clareie a sua volta e aproveite para viver.
 
___Ita Portugal - Il. Gaëlle Boissonnard

Apesar de tudo....

Apesar de tudo amar.
Apesar de tudo viver.
Apesar de tudo sentir.
Apesar de tudo arriscar.
 Querer apesar de tudo.
Crer apesar de tudo.
Insistir apesar de tudo.
Ser apesar de tudo.
Ir apesar de tudo.
Apesar de tudo é o melhor conselho que al...guém pode dar a alguém.  
Por mais coisas que nos faltem na vida há tantas coisas que não nos faltam na vida apesar de tudo.
 
Pedro Chagas Freitas in "In Sexus Veritas"
 
Foto: Apesar de tudo amar. Apesar de tudo viver. Apesar de tudo sentir. Apesar de tudo arriscar. Querer apesar de tudo. Crer apesar de tudo. Insistir apesar de tudo. Ser apesar de tudo. Ir apesar de tudo. Apesar de tudo é o melhor conselho que alguém pode dar a alguém.  Por mais coisas que nos faltem na vida há tantas coisas que não nos faltam na vida apesar de tudo.Pedro Chagas Freitasin "In Sexus Veritas" (encomendas de exemplares autografados: fabricaescrita@gmail.com)

Almas Gemeas

 

 "Eu não sei porque me és tão familiar - ou porque é que sinto, não que te conheço melhor, mas sim que me vou recordando de quem tu és. Como todos os sorrisos, todos os sussurros, me fazem chegar mais perto da conclusão impossível de que eu te tenha conhecido antes, de que eu te amei antes - noutro tempo, num lugar diferente - numa outra existência."

 

 

Foto: António Maria Lisboa (1 de Agosto de 1928 — 11 de Novembro de 1953)As formas, as sombras, a luz que descobre a noite  e um pequeno pássaro  e depois longo tempo eu te perdi de vista  meus braços são dois espaços enormes  os meus olhos são duas garrafas de vento  e depois eu te conheço de novo numa rua isolada  minhas pernas são duas árvores floridas  os meus dedos uma plantação de sargaços  a tua figura era ao que me lembro da cor do jardim. in "Ossóptico e Outros Poemas"