Eu gosto de gente...
Eu gosto de gente que precisa de espaço e que cabe dentro de mim mesmo assim.
Eu gosto de gente onde eu posso caber. De gente de peito aberto, sorriso esperto, coração liberto.
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Viver é aceitar que cada minuto é um milagre que não poderá ser repetido..!
Viver é aceitar que cada minuto é um milagre que não poderá ser repetido..!
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Quem te disse ao ouvido esse segredo
Que raras deusas têm escutado —
Aquele amor cheio de crença e medo
Que é verdadeiro só se é segredado?...
Quem te disse tão cedo?
Não fui eu, que te não ousei dizê-lo.
Não foi um outro, porque não sabia.
Mas quem roçou da testa teu cabelo
E te disse ao ouvido o que sentia?
Seria alguém, seria?
Ou foi só que o sonhaste e eu te o sonhei?
Foi só qualquer ciúme meu de ti
Que o supôs dito, porque o não direi,
Que o supôs feito, porque o só fingi
Em sonhos que nem sei?
Seja o que for, quem foi que levemente,
A teu ouvido vagamente atento,
Te falou desse amor em mim presente
Mas que não passa do meu pensamento
Que anseia e que não sente?"
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Tu, a que eu amo nesta manhã
que trouxe a tua imagem com os ruídos
da rua, vai até à janela,
levanta as persianas do quarto, e olha
o céu como se ele fosse
um espelho. Diz-me, então,
o que vês? As nuvens que passam
pelos teus olhos? Um azul cuja
sombra te desenha o contorno
das pálpebras? A mancha rosa do nascente
que o horizonte roubou ao
teu rosto? Mas não te demores. Um espelho
não se pode olhar muito tempo e
o céu da manhã é dos que mudam com
as variações da alma. Pode ser que o céu
roube um sorriso aos teus lábios e
mo traga, para que eu o ponha neste poema,
onde te vejo, um instante, enquanto
a manhã não acaba.
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Faltas-me.
Se aqui estivesses isto não seriam palavras.
Um trinco por dentro, essa ilusão de voltar a ti olhando os papéis, desconheço o que de mim resta quando as horas quase trazem o silêncio e a boca se abre, faz a passagem do teu corpo ...a um corpo que aproveita a substituição que não sabe.
Mudaremos o tempo para nenhuma exigência, faltas-me quando estás a caminho, já oiço os teus passos subindo no fundo da escada.
Amanhece.
Nos sonhos que não sou capaz de lembrar vens tocar-me nos ombros e dizer ainda não são horas, ainda não é alba.
As palavras faltam-me, vou calar-me nas duas voltas da chave, este papel apagado, sujo da ausência dos teus gestos.
Hélder Moura Pereira
in De novo as sombras e as calmas
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